Para fazer uma boa gestão empresarial, todas as decisões devem ser baseadas em dados bem fundamentados e sempre se atentando a questões financeiras que viabilizam o negócio a continuar funcionando no longo prazo. Por isso, os indicadores financeiros têm um papel muito importante, auxiliando o gestor a compreender demonstrativos financeiros e o desempenho da organização.
Ao analisar e compreender certos indicadores financeiros chave para o seu negócio, você consegue entender, acompanhar e melhorar a saúde financeira do negócio, tomar decisões mais bem embasadas, além de encontrar falhas e propor melhorias através de estratégias e planos de ação para obter resultados melhores.
Por isso, no artigo de hoje, vamos apresentar os principais indicadores financeiros que você precisa ficar de olho. Boa leitura!
O que são indicadores financeiros?
Indicadores financeiros são métricas utilizadas para medir o desempenho financeiro da sua empresa. Através deles, é possível quantificar e qualificar a performance financeira da empresa, mostrando o quão saudável é o empreendimento e garantindo sua prosperidade. Assim, eles representam um ponto de referência fundamental para a gestão se tornar mais qualificada e estratégica.
Qual a importância dos indicadores financeiros?
O uso de indicadores financeiros é importante para que a tomada de decisões seja cada vez mais assertiva, permitindo avaliações mais completas e precisas sobre a empresa. Isso tudo resulta em resultados melhores e uma situação financeira mais saudável, uma vez que é possível identificar falhas e propor melhorias contínuas, além de fazer um acompanhamento mais de perto.
Sem a análise de indicadores financeiros, sua empresa pode acabar tomando decisões equivocadas e no pior dos casos, pode não conseguir pagar as contas no fim do mês. Ao acompanhar de perto essas métricas, o campo de visão do gestor é ampliado, permitindo decisões muito mais assertivas e estratégias mais adequadas e mitigando o risco de apertos financeiros. Assim, o planejamento e o direcionamento do negócio se tornam mais eficazes rumo ao alcance dos objetivos e as chances de erros se tornam menores, apesar de ainda existirem, pois imprevistos acontecem, certo?
A pandemia do coronavírus nos mostrou a importância de uma análise financeira cada vez mais completa e a necessidade de ter uma reserva financeira, bem como um plano orçamentário e a simulação de cenários, pois assim você consegue se preparar e se capacitar para enfrentar as crises de forma mais tranquila. O uso de indicadores é fundamental para prevenir a empresa quanto às mudanças que devem ser implementadas, diminuindo riscos.
Para calcular os indicadores financeiros, é preciso ter em mãos os demonstrativos financeiros da empresa, pois são neles que se encontram os dados financeiros do negócio. Com os dados em mãos, é possível calcular os indicadores e gerar informações valiosas para melhorar o desempenho da empresa e o processo decisório.
Você deve estar se perguntando: analisar apenas os demonstrativos não basta?
A resposta é não! Muitos empreendedores ainda acreditam que a análise da empresa está exclusivamente relacionada a esses demonstrativos, porém, com eles em mãos e sem uma análise profunda sobre os dados que estão nos mesmos, os dados ficam soltos e não se tornam informação. Por isso surgiram os indicadores financeiros: para fornecer informações valiosas para a sua empresa!
Como utilizar os indicadores financeiros?
Já vimos que os indicadores financeiros são fundamentais para um processo de tomada de decisões mais qualificado. Agora, é preciso saber utilizar e aplicar essas métricas na gestão do seu negócio com o objetivo de otimizar os resultados, certo?
Antes de mais nada, é preciso entender quais são os objetivos do seu negócio, ou seja, o que você quer melhorar. Você quer vender mais? Ou seu objetivo é reduzir custos? Quer investir com mais ou menos riscos? Esses são alguns dos questionamentos que você deve se fazer para escolher os indicadores financeiros que serão utilizados e capacitar a equipe responsável pelo financeiro para elaborar e analisar.
São esses objetivos que vão guiar suas análises e estudos com base nos indicadores financeiros. Você pode começar calculando em planilhas ou realizar o trabalho manualmente. No futuro, você pode utilizar ferramentas e softwares para ganhar certa robustez, permitindo que você os organize e armazene corretamente.
Além disso, lembre-se de criar uma rotina de análise, interpretando os dados obtidos e os comparando com outros períodos e com o seu planejamento com certa periodicidade. Determine se esse acompanhamento será mensal, bimestral ou trimestral, por exemplo.
Depois disso, basta interpretar os resultados, apresentar para a equipe de forma a discutir as melhores decisões a serem tomadas e criar planos de ação para otimizar os resultados.
Vale ressaltar que nessa análise, é fundamental mapear processos, realizar uma autoavaliação da empresa e entender o que levou ao resultado obtido, além de comparar tal resultado com outros períodos, bem como, com outras empresas do mesmo setor.
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Quais os principais tipos de indicadores financeiros?
Os indicadores financeiros são divididos em grupos, cada um conforme a origem das informações e o objetivo das análises. Afinal, cada negócio tem características e necessidades únicas, precisando de diferentes análises, certo? Por isso, cada indicador é responsável por mensurar e apresentar informações específicas sobre diferentes aspectos do negócio. Os principais grupos são:
– Indicadores financeiros de estrutura de capital:
Estrutura de capital é a denominação usada para descrever a combinação dos diferentes tipos de recursos que formam o capital de uma empresa, podendo ser, por exemplo, capital próprio e capital de terceiros. Por isso, os indicadores relacionados a esse grupo demonstram o endividamento do negócio a longo prazo para gerar lucro, considerando a capacidade de gerar capital para pagar as dívidas e os juros e fazer a gestão crescer.
– Indicadores financeiros de atividade:
Os indicadores de atividade apontam a velocidade com que a empresa é capaz de fazer e aumentar vendas, representando o total de atividades ocorridas no período de análise e as entradas e saídas de caixa. Basicamente, é o tempo que a empresa demora, em média, para receber suas vendas, pagar as compras e renovar os estoques.
– Indicadores financeiros de liquidez:
Liquidez é a facilidade de um ativo ser transformado em dinheiro sem perdas significativas em seu valor. Por isso, os indicadores desse grupo definem se a empresa consegue ou não cumprir suas obrigações de curto prazo antes do vencimento conforme a liquidez de seus ativos, mostrando a viabilidade do negócio.
– Indicadores financeiros de rentabilidade:
Rentabilidade significa o retorno sobre o investimento, isto é, o rendimento. Por isso, os indicadores de rentabilidade medem a capacidade econômica da empresa, evidenciando os lucros em relação aos ativos, investimentos e quantidade de vendas do negócio., como também, o grau de êxito econômico obtido pelo capital investido.
– Indicadores financeiros de lucratividade:
A lucratividade demonstra o ganho da empresa em relação à atividade que ela exerce. Por isso, tais indicadores relacionam algum dado referente a DRE com a receita líquida da empresa (receita gerada pelas vendas). A lucratividade, portanto, indica o quanto a empresa obteve efetivamente de lucro com as vendas.
– Indicadores financeiros de valor de mercado:
Esse grupo de indicadores avaliam o valor da empresa em função do preço de suas ações. Por isso, são aplicáveis a empresas de maior porte que comercializam ações.
Agora vamos ao que interessa: os indicadores financeiros em si. Quais são os principais indicadores que você não pode deixar de aplicar na gestão da sua empresa?
Quais os principais indicadores financeiros?
Os indicadores financeiros são diversos, cada um responsável por mensurar e apresentar informações específicas sobre diferentes aspectos do negócio. Abaixo, reunimos os principais indicadores financeiros usados nas empresas.
A Margem Bruta é, basicamente, a porcentagem que a venda de produtos e serviços que é deixada em valores monetários para a empresa. É um dos principais indicadores de rentabilidade, além de ser fundamental para precificar produtos.
A partir dele é possível medir a rentabilidade de cada produto ou serviço comercializado, o que permite avaliar se os preços de venda são suficientes para cobrir gastos e gerar lucros.
Vale destacar que essa margem não é lucro, pois existem outras despesas e custos que interferem na apuração do lucro final do negócio.
Sua fórmula consiste em:
Margem Bruta = (Lucro Bruto / Receita Total) X 100
Uma das análises que esse indicador permite é descobrir quais produtos da sua empresa tem margens maiores e quais tem margens menores, permitindo rever as estratégias e alocar esforços naquilo que faz mais sentido para o seu modelo de negócio. Mas lembre-se que cada negócio tem suas particularidades, por isso, não necessariamente você deve priorizar produtos com margens mais altas. Isso depende de diversos aspectos próprios do seu negócio e da sua estratégia.
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Margem Líquida ou Lucratividade
A Margem Líquida ou Lucratividade representa o quanto de lucro líquido a empresa possui em relação a sua receita total. Ou seja, esse indicador demonstra o ganho da empresa e sua eficiência operacional, indicando o que restou das vendas após deduzir todas as despesas, inclusive o imposto de renda.
Sua fórmula consiste em:
Margem Líquida ou Lucratividade = (Lucro Líquido após os Impostos / Receita Bruta) X 100
Quanto maior a margem, melhor, pois isso representa maior disponibilidade para novos investimentos ou para distribuição aos sócios da empresa. Se essa margem for negativa, a empresa possui prejuízo.
A Margem Operacional é o valor restante após abater todas as despesas operacionais, menos o imposto de renda. Sua fórmula é:
Margem Operacional = (Lucro Operacional / Receita de Vendas) X 100
A Liquidez Corrente é utilizada para medir a capacidade que uma empresa possui de arcar com suas obrigações no curto prazo, diagnosticando a saúde financeira do negócio. Esse indicador mostra o valor monetário que a empresa deve receber a curto prazo, associado ao valor que precisa pagar no mesmo período, resultando no que sobra depois de pagar os compromissos de curto prazo.
Sua fórmula consiste em:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Basicamente, o ativo circulante são os bens e direitos que podem ser convertidos em dinheiro em até 1 ano. Já o passivo circulante são as dívidas que devem ser pagas em até 1 ano.
Se a liquidez corrente for maior do que 1, significa que a empresa possui capital disponível suficiente para arcar com suas obrigações de curto prazo. Caso ela seja igual a 1, o capital e as obrigações são equivalentes, sinalizando um ponto de alerta de que o seu negócio está no limite. Se for menor do que 1, significa que a empresa não possui capital suficiente para arcar com as obrigações, podendo se endividar no curto prazo.
A Liquidez Imediata mede a capacidade de pagamento imediata da empresa, apenas considerando suas disponibilidades, isto é, dinheiro do caixa, dos bancos e das aplicações financeiras de liquidez imediata.
Vale ressaltar que o índice deve, preferencialmente, ser positivo, mas deve haver um cuidado para que ele não seja muito elevado, mostrando que os recursos em caixa e bancos estão em volume além do necessário, fazendo com que estes fiquem desprotegidos do efeito da inflação, enquanto poderiam estar melhor aplicados.
Sua fórmula é:
Liquidez Corrente = Disponibilidades / Passivo Circulante
O índice de Liquidez Seca é parecido com o índice de liquidez corrente, porém desconsidera os estoques da empresa em seu cálculo, uma vez que estes são convertidos em dinheiro apenas após as vendas. Se o índice é baixo, pode ser um sinal de que o volume de estoques está elevado, demandando mais capital de giro.
Seu cálculo consiste em:
Índice de Liquidez Seca = Ativo Circulante Líquido / Passivo Circulante
O índice de Liquidez Geral demonstra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo. Sua fórmula consiste em:
Liquidez Geral = Ativo Circulante e Não Circulante / Passivo Circulante e não Circulante
O Giro do Ativo visa mostrar par a empresa como o ativo tem sido utilizado, lembrando que o principal objetivo dos ativos é gerar riquezas, por isso, a forma como ele é utilizado demonstra se a empresa é capaz ou não de gerar o máximo de capital ou lucro para o negócio.
Sua fórmula consiste em:
Giro do ativo = Receita Líquida / Total Médio de Ativos
Por isso, quanto maior for o resultado do giro do ativo, mais eficiente a empresa é ao utilizar seus ativos. Acompanhar de perto esse indicador, permite uma estruturação mais eficiente da organização, indicando a relação entre o crescimento da empresa e a necessidade de investimentos.
Margem de Contribuição é um indicador responsável por indicar se a receita da empresa é capaz de arcar com os custos e despesas fixas e, ainda assim, lucrar. Basicamente, a margem representa quanto da venda de cada produto contribui para a empresa cobrir gastos fixos e ainda gerar lucro.
É um importante indicador para formar preço de venda e gerar análises sobre as condições financeiras do negócio, além de permitir a criação de um planejamento mais assertivo.
Se a margem não é conhecida, você pode estar na ilusão de que está vendendo muito, mas, ainda assim, ter prejuízos no fim do mês, pois não consegue cobrir custos fixos e gerar lucros uma vez que não está atingindo o ponto de equilíbrio do negócio (veremos esse indicador logo abaixo).
Sua fórmula consiste em:
Margem de Contribuição = Preço de Venda – (Custo Variável + Despesa Variável)
O Ponto de Equilíbrio mostra quanto a empresa precisa vender para começar a gerar lucro. No ponto de equilíbrio, o lucro da empresa é zero, ou seja, é o número mínimo de produtos que pagam todos os custos e despesas fixas e variáveis, mas ainda não sobra nada para a empresa. Ele representa o “empate” em que ganhos e despesas se igualam.
Basicamente, o ponto de equilíbrio mostra a quantidade de receitas mínimas que a empresa necessita para cobrir todos os seus custos e despesas. Somente a partir desse ponto é que a empresa passará a gerar lucros. Por isso, esse indicador é de extrema importância para analisar a viabilidade de um negócio, fazendo com que a mesma não caia em dívidas e consiga honrar seus compromissos.
Sua fórmula consiste em:
Ponto de Equilíbrio = Despesas Fixas / Margem de Contribuição
O Índice de Cobertura de Juros mostra o quanto a empresa será capaz de pagar os juros contratuais de suas dívidas e empréstimos sem se comprometer no valor gerado em caixa. Com base nele, é possível ter uma noção da influência dos juros e das dívidas sobre os negócios e traçar estratégias para diminuir seus impactos.
Sua fórmula consiste em:
Índice de Cobertura de Juros = Lucro antes dos Juros e Imposto de Renda / Despesas com Juros
EBITDA é a sigla para Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization que, em português, significa Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (LAJIDA).
Como seu próprio nome já diz, o indicador EBITDA informa o lucro de uma companhia antes de serem descontados o que a empresa gastou com juros e impostos e perdeu em depreciação e amortização (custos que não estão ligados diretamente a essência do negócio). Por isso, ele retrata apenas o resultado operacional acrescido da depreciação e amortização, representando a geração de caixa operacional da empresa, sem considerar efeitos financeiros e do pagamento de tributos.
Assim, esse indicador demostra a evolução operacional do negócio e avalia a capacidade de geração de valor, sendo reflexo da gestão da empresa.
A fórmula para calcular a margem EBITDA é:
Margem EBITDA = (EBITDA / Receita Líquida) X 100
EBITDA = Lucro Operacional Líquido + Depreciação + Amortização
Sua função é mostrar a lucratividade antes das deduções que não estão diretamente ligadas às decisões gerenciais da empresa, permitindo avaliar a qualidade da gestão.
Este índice de endividamento é utilizado para informar sobre a estrutura de capital de uma empresa, isto é, a relação entre capital próprio e de terceiros. Por isso, quanto menor o índice, melhor, pois se a empresa gasta mais recursos no ativo permanente, tenderá a buscar capital de terceiros para as atividades diárias, incorrendo em dívidas.
É importante que a empresa consiga funcionar sem precisar recorrer a bancos ou dívidas a todo momento.
Sua fórmula consiste em:
Imobilização do Patrimônio Líquido = (Ativo Permanente / Patrimônio Líquido) X 100
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Fluxo de Caixa Operacional (FCO)
O Fluxo de Caixa Operacional é um indicador que mostra quanto dinheiro a empresa está conseguindo gerar com suas operações e que está disponível em caixa. Basicamente, ele mostra todas as entradas e saídas do caixa e gera um saldo final que deve ser positivo.
Sua fórmula consiste em:
FCO = Soma das receitas – Soma dos Custos e Despesas (das movimentações do caixa)
A rentabilidade compara os ganhos da empresa aos investimentos realizados no negócio. Seu cálculo pode ser usado para o lucro líquido total e para a soma de investimentos ou para investimentos pontuais, medindo o quanto o negócio é rentável para seus sócios e acionistas.
Sua fórmula consiste em:
Rentabilidade = (Lucro Líquido / Investimentos) X 100
O ROE é um indicador que mede a capacidade da empresa de gerar lucros a partir de seus próprios recursos, revelando o retorno que uma empresa gera a partir de seu patrimônio atual.
Sua fórmula consiste em:
ROE = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) X 100
Investidores e acionistas utilizam desse indicador para avaliar a capacidade de crescimento da empresa diante dos ativos atuais, demonstrando sua rentabilidade diante do capital próprio investido na empresa.
O ROA é um indicador que apresenta como a empresa é rentável em relação ao seu total de ativos. Seu cálculo consiste em:
ROA = Lucro Operacional / Ativo Total Médio
O retorno sobre o investimento mostra, como o próprio nome já diz, quanto dinheiro você está ganhando ou perdendo com seus investimentos. Basicamente, o ROI apresenta quanto dinheiro a empresa tem capacidade de gerar com o capital investido.
A partir dele, é possível avaliar se certa iniciativa valeu a pena ou não e o que traz mais retorno para o seu negócio na hora de elaborar estratégias. Por isso, esse é um indicador muito abrangente e aplicável a diferentes áreas do negócio para avaliar o desempenho financeiro.
Com isso em mente, você é capaz de tomar decisões mais assertivas que trazer melhores resultados.
Sua fórmula consiste em:
ROI = NOPAT* / Valor Contábil do Capital Investido
*NOPAT significa resultado líquido da empresa menos dividendos.
Uma outra fórmula de calcular é:
ROI = [(Retorno do Investimento – Custo do Investimento) / Custo do Investimento] X 100
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Participação de Capital de Terceiros
Esse indicador financeiro demonstra a dependência do negócio em relação aos recursos externos, demonstrando a política de obtenção de recursos daquele negócio. Em outras palavras, representa o percentual do capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, representando o nível de endividamento da empresa.
Seu cálculo consiste em:
Participação de Capital de Terceiro = (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) / Patrimônio Líquido
Este indicador identifica o comprometimento dos ativos de uma empresa para financiar o capital de terceiros. Quanto menor o índice, menor a dependência da empresa do capital de terceiros, ou seja, melhor sua saúde financeira.
Vale ressaltar que esse indicador deve ser analisado juntamente com sua capacidade de pagamento e feita dentro de um contexto.
Sua fórmula consiste em:
Índice de Endividamento Geral = (Capital de Terceiros / Ativos) X 100
Esse indicador mostra a condição do negócio em saldar dívidas, avaliando também sua estrutura de endividamento. Representa, basicamente, sua folga financeira, ou seja, aquele recurso disponível que permite a empresa funcionar e rodar os estoques.
Se cálculo consiste em:
Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante
O Giro de Caixa é um indicador de atividade e ele mede a quantidade de recursos financeiros provenientes das vendas da empresa que é utilizada de maneira rápida para financiar suas atividades.
Um giro de caixa alto indica, geralmente, uma liquidez corrente baixa. Seu cálculo consiste em:
Giro de Caixa = Número de dias do ano / CCC*
*CCC é o ciclo financeiro, calculado a partir do prazo médio de estoque + o prazo médio para receber vendas – prazo médio para pagar fornecedores. Ele representa o prazo, em dias, que os recursos da empresa levam para se transformarem em dinheiro.
Conclusão sobre Indicadores Financeiros
Agora que você já conhece alguns dos principais indicadores financeiros, é hora de colocá-los em prática na gestão da sua empresa. Comece a calculá-los, registrá-los, documentá-los e analisá-los periodicamente para tomar decisões mais assertivas e obter resultados ainda melhores. Afinal, somente medindo a evolução da empresa será possível melhorar a gestão e, consequentemente, a saúde financeira do negócio, não é mesmo?
Tenho certeza de que você compreendeu que, independente do tipo ou porte da sua empresa, qualquer empreendedor deve conhecer e utilizar dos indicadores financeiros para melhorar a gestão. Se ficar com alguma dúvida, deixe nos comentários!