Você sabia que os micros e pequenos negócios respondem por 27% do PIB brasileiro e 54% dos empregos formais no Brasil? E estes são os mais afetados logo no início da crise, por não terem a mesma capacidade que uma empresa de grande porte para se manterem em pleno funcionamento. Se as grandes corporações já estão com problemas para sobreviver, imagina os reflexos da pandemia nos pequenos negócios?
Infelizmente, os reflexos da pandemia nos micro e pequenos negócios são preocupantes. Muitos acabarão quebrando ou fechando as portas, o que impacta diretamente na economia brasileira. Afinal, é a pequena empresa que faz o Brasil grande.
Devido à restrição de circulação de pessoas, o comportamento consumidor será extremamente alterado. Assim, a demanda por alguns bens vai aumentar e para outros pode até parar de existir. Por isso, a economia sofrerá consequências drásticas e as empresas precisarão se adaptar.
O coronavírus tem provocado abalos nos mercados globais e paralisado atividades econômicas no mundo todo, impactando nas cadeias globais de suprimentos e no comércio global.
Como vimos, devido à menor capacidade financeira, ao menor número de pessoas e, principalmente, ao menor porte, os pequenos negócios foram os primeiros e os mais impactados com o isolamento social. Os setores mais afetados até agora foram: moda, alimentação (restaurantes), varejo tradicional, construção civil, lar e estética.
Antes da chegada da pandemia, a CDL – BH estimava faturamento de 4,6 bilhões de reais para os micro e pequenos negócios, o que pode não se concretizar. O lado bom é que a população está consciente da necessidade de colaborar para que tudo seja superado da melhor maneira possível e os órgãos já estão tomando medidas para reduzir os impactos.
No artigo de hoje vamos avaliar alguns outros reflexos da pandemia nos micro e pequenos negócios. Boa leitura!
Reflexos da pandemia nos micro e pequenos negócios
Queda do PIB
No final do ano passado estávamos em uma crescente na economia, onde muitas coisas começaram a melhorar e as perspectivas para o ano de 2020 eram bastante positivas. Até que o vírus chegou…
Segundo os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a queda do PIB (Produto Interno Bruto) foi projetada para 0,4% neste ano de 2020, caso o isolamento se estendesse até o final de abril. Já estamos em maio e a situação continua caótica.
Por isso, o governo federal passou a prever uma queda de 4,7% na economia brasileira neste ano com o isolamento até o fim de maio. Se este número se confirmar, essa será a maior retração registrada no país desde 1962. Além disso, se o isolamento durar até o fim de junho, a queda será superior a 6%.
Para o FMI e o Banco Mundial, as projeções são ainda piores que a do governo com o isolamento até maio. O primeiro prevê uma queda de 5% e o segundo de 5,3%.
Os efeitos da pandemia sobre a atividade econômica estão sendo muito significativos e ainda existe enorme incerteza sobre o prolongamento do isolamento, a retomada da economia e o potencial de destruição que isso ainda vai gerar.
Para 2021, 2022 e 2023, respectivamente, o Ministério da Economia espera uma recuperação lenta, com crescimentos projetados para 3,2%, 2,6% e 2,5%.
Queda de Crescimento global
A crise foi geral, onde os economistas projetam uma queda de 3% no crescimento global, esperando que a pandemia desapareça apenas ao longo do segundo semestre. No relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), é afirmado que a crise atual – chamada de Grande Confinamento – é sem precedentes pela combinação de três características: a duração do choque, o alto nível de incerteza e os desafios dos governos. O Crescimento global ficará bem abaixo em relação ao ano anterior. Neste ano a economia global terá o pior desenvolvimento desde a Grande Depressão da Bolsa em 1929.
A pandemia afeta cadeias globais de suprimentos, abala bolsas de valores, suspende produção, paralisa atividades, reduz lucros e eleva a preocupação relativa à desaceleração econômica. Isso não se dá apenas nos países que são epicentros da doença, mas, em virtude do mundo globalizado que vivemos, os efeitos são refletidos para todo o mundo.
Embora tenha sido um surto iniciado na China, a Europa e os Estados Unidos se tornaram epicentros da doença e o Brasil caminha para isso também. O Ibovespa perdeu pontos, acumulando queda de 40% e afetando drasticamente nossa economia. As interrupções nas atividades econômicas e as incertezas sobre o futuro têm provocado abalos significativos no mercado brasileiro.
Segundo os economistas, a economia global se encontra paralisada. O que podemos esperar é que isso venha acompanhado por altos índices de desemprego e uma demora para o Brasil e o mundo se recuperar das grandes perdas econômicas.
Não podemos esquecer de mencionar a elevada variação e volatilidade do dólar que atingiu sua máxima histórica: R$ 5,326.
Com base nessas duas análises macroeconômicas que afetam todos os negócios, em especial, os pequenos, veremos abaixo outros reflexos da pandemia nos pequenos negócios.
Procura por crédito
A Crise provocou um grande aumento na busca por financiamento, principalmente, para as micro e pequenas empresas, com objetivo de manter o negócio vivo. Porém, isso nos preocupa. Por isso, sugerimos que, antes de contratar o financiamento, os empresários analisem, inicialmente, o faturamento e, em seguida, façam a solicitação do crédito. Afinal, se não houver um nível de planejamento para recorrer aos financiamentos, sua empresa pode acabar se afogando em mais dívidas.
Os primeiros anúncios de linhas de crédito vieram de bancos públicos destinadas às pequenas e médias empresas. Posteriormente, os 5 maiores bancos em operação no Brasil, postergaram pagamentos de empréstimos por 60 dias. BNDES e Banco Central também criaram pacotes para injetar liquidez na economia.
Como opção de financiamento neste momento, estão os grandes bancos, fintechs (startups que oferecem serviços e soluções financeiras), cooperativas financeiras, antecipação de recebíveis (avaliar com a operadora de acordo com o contrato e as taxas de juros) ou, até mesmo, encontrar um “investidor-anjo” (sócio que irá investir diretamente na empresa).
Crédito para saúde
Segundo Sergio Gusmão, presidente do BDMG, a ideia, neste momento, é dar um apoio ao setor que está sendo mais afetado: a área da saúde. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lançou três linhas de crédito com condições especiais para empresas de todos os portes do setor no estado, visando manter as atividades dos negócios ligados à saúde.
Para as micros e pequenas empresas, com faturamento de até 4,8 milhões de reais, será oferecido um produto com juros prefixados a partir de 0,83% ao mês, prazo de pagamento de até 48 meses e até seis meses de carência.
Mortalidade de empresas
Não podemos excluir a possibilidade de um aumento significativo no número de mortes prematuras de empresas e, consequentemente, no desemprego. Afinal, como vimos, as micro e pequenas empresas respondem por 54% dos empregos formais no Brasil, conforme dados do Sebrae. Já pensou o quanto esse número aumenta quando levamos em consideração os empregos informais?
A população mal sai de casa, pouco se relaciona e, claro, praticamente não está consumindo produtos e serviços com medo da nova pandemia e guardando recursos para o que é realmente necessário. Isso tudo muda toda a dinâmica econômica mundial. Apesar de existirem muitas campanhas para ajudar empresas locais e comprar de empresas menores, muitas podem não aguentar.
Um mês ruim pode quebrar um negócio. Afinal, as micro e pequenas empresas tem uma capacidade menor em arcar com os prejuízos e de se adaptar a esse novo cenário, podendo fechar as portas com mais facilidade, enquanto as grandes redes continuarão existindo.
Para evitar a mortalidade de empresas e salvar o emprego de muitas pessoas, a BuyCo. tem a solução. Somos especialistas em intermediação para a compra e venda de micro e pequenas empresas e podemos preparar e ajudar o seu negócio a encontrar um novo dono. Entre em contato conosco através do e-mail [email protected].
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